A
tragédia da madrugada de 27/01/13, em Santa Maria
(RS), deixou 242 mortos e mais de 600 pessoas
feridas
O
presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz
Fux, determinou na terça-feira, (14/12), que
os quatro condenados no Tribunal do Júri por
homicídio e tentativa de homicídio simples por
dolo eventual pelo incêndio na boate Kiss devem
cumprir pena de prisão imediatamente.
A
tragédia da madrugada de 27 de janeiro de 2013,
em Santa Maria (RS), deixou 242 mortos e mais de
600 pessoas feridas. A maioria das vítimas morreu
por asfixia devido a gases tóxicos liberados pela
queima da espuma que havia no palco, segundo a
perícia.
O
julgamento foi finalizado no último dia 10 e o
juiz do caso, Orlando Faccini Neto, chegou a
decretar a prisão dos réus, mas a 1ª Câmara
Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do
Sul revogou a medida.
O
Ministério Público do Rio Grande do Sul, então,
recorreu ao STF e obteve sucesso. Assim, todos
deverão ser presos.
Os
quatro condenados são os então sócios da boate
Elissandro Spohr (condenado a 22 anos e 6 meses de
prisão) e Mauro Hoffmann (19 anos e 6 meses) e os
integrantes da banda Gurizada Fandangueira — que
tocava no local na noite do incêndio— Marcelo
de Jesus dos Santos (vocalista) e Luciano Bonilha
Leão (assistente de palco), ambos a 18 anos.
O
ministro determinou a suspensão do habeas corpus
concedido pelo TJ-RS "a fim de haja o
cumprimento imediato das penas atribuídas aos
réus".
Entenda
o caso Incêndio em casa noturna matou 242 pessoas
e feriu outras 636 no dia 27 de janeiro de 2013 em
Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do
Sul. A maioria das vítimas morreram por asfixia
devido a gases tóxicos liberados pela queima da
espuma que havia no palco, segundo perícias.
Caso
Boate Kiss: quais foram as penas
atribuídas:
Elissandro
Callegaro Spohr, sócio-proprietário da Kiss: 22
anos e 6 meses de reclusão em regime fechado
Mauro
Lodeiro Hoffmann, vocalista da banda Gurizada
Fandangueira, que segurava o artefato
pirotécnico: 19 anos e 6 meses de reclusão em
regime fechado
Marcelo
de Jesus dos Santos, sócio-proprietário da Kiss:
18 anos de reclusão em regime fechado
Luciano
Augusto Bonilha Leão, assistente de palco da
banda, quem comprou o artefato pirotécnico: 18
anos de reclusão em regime fechado
Boate
Kiss: relembre o caso que chocou o Brasil em 2013
A
tragédia, que matou 242 pessoas e deixou 636
feridas, começou no palco, onde se apresentava a
Banda Gurizada Fandangueira, e logo se alastrou,
provocando muita fumaça tóxica. Um dos
integrantes disparou um artefato pirotécnico,
atingindo parte do teto do prédio, que pegou
fogo.
A
tragédia, que matou principalmente jovens, marcou
a cidade de Santa Maria e abalou todo o país,
pelo grande número de mortos e pelas imagens
fortes. A boate tinha apenas uma porta de saída
desobstruída. Bombeiros e populares tentavam, de
todo jeito, abrir passagens quebrando os muros da
casa, mas a demora no socorro acabou sendo
trágica para os frequentadores.
O
julgamento do caso que investiga a tragédia da
Boate Kiss foi interrompido neste domingo para que
o membros do Tribunal do Júri pudessem assistir
ao segundo tempo do empate entre Corinthians e
Grêmio. De acordo com o magistrado Orlando
Faccini, a pausa no processo que corre nas Varas
do Júri da Comarca de Porto Alegre foi pausado
para que os jurados pudessem 'relaxar'.
O
julgamento do caso que investiga a tragédia da
Boate Kiss foi interrompido neste domingo para que
o membros do Tribunal do Júri pudessem assistir
ao segundo tempo do empate entre Corinthians e
Grêmio. De acordo com o magistrado Orlando
Faccini, a pausa no processo que corre nas Varas
do Júri da Comarca de Porto Alegre foi pausado
para que os jurados pudessem 'relaxar'.
A
maioria acabou morrendo pela inalação de fumaça
tóxica, do isolamento acústico do teto, formado
por uma espuma inflamável, incompatível com as
normas de segurança modernas.
Após
a tragédia, normas para prevenção de incêndio
em estabelecimentos similares foram alteradas para
garantir maior segurança em todo o Brasil.
Desde
o incêndio, as famílias dos jovens mortos
formaram uma associação e, todos os anos, no dia
27 de janeiro, relembram a tragédia, a maior do
estado do Rio Grande do Sul e uma das maiores do
Brasil.
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