Harnazz
Sandhu, da Índia, é eleita Miss Universo 2021
Fechamento
de fronteiras de Israel devido à Ômicron e
boicotes políticos movimentaram semanas antes do
concurso
Harnaaz
Sandhu, da Índia, foi coroada Miss
Universo 2021 no domingo (12/12), marcando o
fim de um polêmico concurso organizado este ano
no sul de Israel.
Em
um discurso no palco durante o concurso, Sandhu
pediu aos jovens que “saibam que você é
único e é isso que o torna bonito, pare de se
comparar aos outros”.
“Eu
acreditei em mim mesma, e é por isso que estou
aqui hoje”, acrescentou ela, sob aplausos do
público.
O
concurso foi realizado na cidade turística de
Eilat, com 80 mulheres de todo o mundo competindo
pela coroa. A noite de domingo foi o último dia
da competição, com as eliminações reduzindo o
número de finalistas até que restassem as dois
últimas.
Nadia
Ferreira do Paraguai e Lalela Mswane da África do
Sul ficaram em segundo e terceiro lugares,
respectivamente.
A
competição foi apresentada pelo comediante Steve
Harvey, que a certa altura da noite perguntou a
Sandhu: “Ouvi dizer que você faz algumas
imitações de animais muito boas, vamos ouvir a
sua melhor.”
Harvey
foi posteriormente criticado online por
destacá-la com o que muitos sugeriram ser uma
pergunta inadequada.
“Meu
Deus, Steve, eu não esperava fazer isso no
cenário mundial. Eu tenho que fazer isso, não
tenho outra opção. Preparem-se, todos”, disse
ela parecendo surpresa, antes de demonstrar alguns
miados.
Em
uma sessão de perguntas e respostas posterior,
quando Sandhu alcançou o top 5, ela aproveitou a
oportunidade para espalhar uma mensagem sobre as
mudanças climáticas. “Este é o momento de
agir e falar menos”, disse ela. “Prevenir e
proteger é melhor do que se arrepender e reparar.”
Depois
que sua vitória foi anunciada, ela comemorou com
outros competidores no palco, gritando para uma
câmera, “Chak de Phatte Índia”, uma
exclamação em Punjabi semelhante a “Vamos
fazer isso, Índia!”
A
competição deste ano marca o segundo concurso de
Miss Universo da era da Covid. As fronteiras de
Israel foram abertas a turistas vacinados antes do
evento principal deste ano, o que teria permitido
a presença de milhares de fãs.
Mas
com o surgimento da nova variante Ômicron, o
governo israelense fechou suas fronteiras para
estrangeiros duas semanas antes da competição,
jogando os planos de viagem e os preparativos para
o caos. Uma competidora, a Miss França, testou
positivo para o vírus ao pousar em Israel e
passou por quarentena – saindo bem a tempo para
a competição preliminar na última sexta-feira
(10).
O
concurso também foi envolvido em outra camada de
controvérsia política, com alguns críticos e
países pedindo boicotes – como aconteceu com
eventos internacionais anteriores sediados em
Israel.
O
governo sul-africano retirou seu apoio e pediu a
Mswane que desistisse, citando o tratamento
israelense aos palestinos, chamando-o de “apartheid”,
uma acusação que Israel negou veementemente. Mas
Mswane – com o apoio da organização Miss South
Africa – optou por viajar para Israel e
competir.
Outras
figuras, incluindo a Miss Israel, Noa Cochva,
responderam com um refrão comum ouvido dos
organizadores do concurso e concorrentes: Miss
Universo não deve ser sobre política.