Rebeca
Andrade conquista ouro no solo e se torna maior medalhista do Brasil
em Olimpíadas
Pela
1ª vez em uma Olimpíada,
pódio na ginástica é
formado apenas por mulheres
negras
Rebeca
Andrade conquistou na
segunda-feira, 5/8, a medalha
de ouro no solo na Olimpíada
de Paris 2024
e se tornou a atleta mais
condecorada do país em Jogos
Olímpicos.
Com
seis pódios olímpicos,
quatro deles nesta edição da
Olimpíada, a ginasta de 25
anos ultrapassa os velejadores
Robert Scheidt e Torben Grael
e se coloca no topo do ranking
de medalhistas brasileiros.
Em
uma apresentação sólida,
embalada por uma mistura das
canções “End of Time”,
de Beyoncé, e “Movimento da
Sanfoninha”, de Anitta, a
brasileira se apresentou com
uma dificuldade de 5.900 e uma
execução de 8.266,
registrando uma nota de
14.166.
Simone
Biles, favorita ao ouro na
prova, ficou em segundo lugar
com 14.133. A também
estadunidense Jordan Chiles
completou o pódio com 13.766.
“No
Brasil, ninguém subiu ao
pódio olímpico mais vezes do
que ela em toda a história!
Um fenômeno que inspira e
orgulha a nação. A rainha da
ginástica artística
brasileira”, festejou o Time
Brasil nas redes sociais após
a confirmação do ouro.
Com
o ouro olímpico conquistado
por Rebeca Andrade na
modalidade de solo da
ginástica artística na
segunda-feira, 5/8, a atleta
não apenas se tornou a
brasileira com mais medalhas
nos Jogos, como também entrou
para a história ao fazer
parte do primeiro pódio da
modalidade totalmente formado
por mulheres negras em uma
Olimpíada, repetindo o feito
que ocorreu em 2023, no
mundial, ao lado de sua rival
Simone Biles. Dessa vez, o
terceiro lugar foi da
americana Jordan Chiles.
No
mundial de 2023, na
Antuérpia, Bélgica, o pódio
foi formado por Simone Biles,
Rebeca Andrade e Shilese
Jones, respectivamente, na
disputa pelo individual geral.
Desta vez o pódio se repete
na disputa de solo em que a
brasileira conseguiu superar
Biles pela primeira vez em sua
carreira.
Rebeca
ainda ressaltou a importância
desse pódio como
representativo para tantas
outras meninas que podem ter o
mesmo sonho que o dela.
—
Eu me amo e amo a cor da minha
pele. Mas também não me
fecho só nisso, sabe? Eu sei
que tem vários outros pontos
— afirmou Rebeca. — É
poder incentivar e continuar
mostrando que talvez seja um
pouco mais difícil para
você, mas se é o seu sonho,
ninguém tem o direito de
falar não para você. Então
vai atrás que você consegue.
Nós conseguimos provar isso.
Ao
contrário da final da trave,
dessa vez Rebeca Andrade não
perdoou e superou Simone
Biles, na final olímpica do
solo, em Paris-2024. A
americana, que foi a sétima
das nove finalistas a realizar
sua performance no solo,
cometeu dois erros ao pisar
fora da área do tablado com
os dois pés e por duas vezes.
Perdeu 0.6 pontos. Assim,
Biles ficou com 14.133, 0.33 a
menos que Rebeca, que foi
consistente e precisa em sua
apresentação no solo. Com um
14.166 conquistado logo no
início da disputa — a
brasileira foi a segunda a
realizar sua performance —,
a ginasta levou seu primeiro
ouro em Paris-2024. Rebeca
chorou no pódio, algo raro de
ver.