Mega operação no Rio termina com mais de 120 mortos e reacende
debate sobre segurança pública
Governador Cláudio Castro ordenou a operação e
está sendo chamado de genocida
Uma
das maiores operações policiais da história do
estado terminou com um saldo trágico: mais de
120 mortos, incluindo quatro agentes de
segurança. A ação, realizada nos complexos do
Alemão e da Penha, tinha como objetivo
desarticular o Comando Vermelho, principal
facção criminosa da região.
A
operação mobilizou cerca de 2.500 agentes das
polícias Civil, Militar e Federal. Os confrontos
se estenderam por mais de 48 horas, com intensa
troca de tiros, uso de drones, barricadas e
explosivos por parte dos criminosos. A ofensiva
resultou na prisão de 81 suspeitos e na
apreensão de 75 fuzis, além de grande quantidade
de munição e drogas.
Entre os mortos está Penélope, conhecida como
“Japinha do CV”, apontada como uma das
principais combatentes da facção. A polícia
afirma que ela liderava ações armadas e
coordenava ataques contra forças de segurança.
🗣️ Repercussão
O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva se
manifestou cobrando uma ação coordenada entre os
poderes para enfrentar o crime organizado. “Não
podemos aceitar que crianças, famílias e
policiais sejam vítimas dessa guerra urbana”,
disse em nota oficial.
Moradores das comunidades afetadas relataram
medo e insegurança. “A gente não sabe se vai
sair de casa e voltar vivo”, afirmou uma
moradora do Complexo do Alemão, que preferiu não
se identificar.
⚖️ Debate sobre segurança
Especialistas em segurança pública alertam para
os riscos de operações de grande porte sem
planejamento social. “A repressão sem
inteligência e sem políticas públicas de
inclusão tende a gerar mais violência”, afirma o
sociólogo Renato Sérgio Lima.
Organizações de direitos humanos também se
pronunciaram, cobrando transparência nas
investigações e responsabilização por possíveis
excessos cometidos durante a operação.a noite de
terça-feira, 28/10.