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Política - Notícias

 

Polícia Federal prende militares que queriam matar o presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes

     

Quatro militares do Exército foram presos por envolvimento na trama golpista e homicida e um agente da Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou na terça-feira, 19/11, uma operação que revelou uma estratégia golpista para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Quatro militares do Exército foram presos por envolvimento na trama golpista e homicida. Também foi preso um agente da Polícia Federal.

Os planos foram traçados para serem executados no fim de 2022, logo após Lula ter ganhado a eleição do ex-presidente Jair Bolsonaro. E logo antes Lula tomar posse como presidente, em janeiro de 2023.

As investigações fazem parte do trabalho da PF de desvendar a tentativa de golpe de Estado que pairou no país no fim de 2022 e as ligações da trama golpista com o governo Bolsonaro.

Logo após o resultado das eleições de 2022, quando o então presidente Jair Bolsonaro (PL) foi derrotado por Lula (PT), manifestantes começaram a acampar em frente a quarteis do Exército pelo país, incluindo quartel-general da Força em Brasília.

O general Mário Fernandes, então secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República, visita o acampamento na capital federal e tira fotos de si mesmo no local. Os registros se repetem ao longo dos dias seguintes no mesmo mês.

Segundo a PF, vários dos investigados na operação se deslocaram a Brasília e na cidade. O militar Lucas Guerellus, por exemplo, alugou um carro em Goiânia no dia 20/11 e seguiu para a capital federal no dia seguinte. No dia 21, Helio Ferreira Lima chega à capital goiana, na mesma data em que Rafael Oliveira aluga um carro na cidade. A PF utilizou os registros do pedágio na rodovia entre as cidades para identificar o deslocamento dos carros alugados.

Já na cidade, a Polícia Federal utilizou as antenas de celular para, a partir da área de cobertura utilizada pelos aparelhos dos investigados, identificar que "alguns locais pesquisados por Rafael de Oliveira e seus respectivos horários de pesquisa."

As investigações do inquérito sobre a tentativa de golpe já haviam identificado que no dia 7 de dezembro, o então presidente Bolsonaro recebeu os comandantes das Forças Armadas no Palácio da Alvorada. Segundo o então comandante do Exército, general Freire Gomes, naquele dia Bolsonaro apresentou uma minuta de decreto que previa o "estado de sítio dentro das quatro linhas."

Diante da informações sobre a reunião, o general Mário Fernandes encaminhou a Mauro Cid mensagem sobre o encontro, pedindo que um vídeo fosse exibido ao comandante do Exército.

Para a Polícia Federal, o evento Copa 2022 "apresenta elementos típicos de uma ação militar planejada detalhadamente, porém, no presente caso, de natureza clandestina e contaminada por finalidade absolutamente antidemocrática". Identificando semelhanças entre elementos do planejamento "Punha Verde Amarelo" e o ocorrido no dia 15 de dezembro, a PF entendeu que na Operação Copa 2022 "que militares Forças Especiais executaram uma ação clandestina no dia 15 de dezembro de 2022, para prender/executar o ministro Alexandre de Moraes na cidade de Brasília/DF".

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