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Rede Globo interrompe a programação para informar condenação dos assassinos de Marielle Franco

    

Autor dos disparos, Lessa foi condenado a 78 anos e 9 meses de prisão; Élcio, que dirigiu o carro, foi condenado a 59 anos e 8 meses de prisão

Exatos 6 anos, 7 meses e 17 dias após o crime, o 4º Tribunal do Júri do Rio condenou na quarta-feira, 30/10, os assassinos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. O crime chocou o país e até hoje gera repercussão em todo o mundo.

O ex-policial militar Ronnie Lessa, o autor dos disparos naquela noite de 14 de março de 2018, recebeu a pena de 78 anos e 9 meses de prisão.

O também ex-PM Élcio Queiroz, que dirigiu o Cobalt usado no atentado, foi condenado a 59 anos e 8 meses de prisão.

Como firmaram acordos de delação premiada, no entanto, os tempos de execução de pena serão reduzidos (entenda neste link ou abaixo na reportagem).

O Ministério Público, que queria 84 anos de prisão para os dois, afirmou que vai recorrer.

Diante do anúncio das sentenças, famílias devastadas pelas perdas caíram em lágrimas no tribunal.

Os pai (Marinete e Antônio), a irmã (Anielle Franco) e a filha de Marielle (Luyara), e as viúvas dela (Mônica Benício) e de Anderson (Ágatha Reis) se abraçaram e aplaudiram, muito emocionados.

Ronnie e Élcio foram enquadrados nos seguintes crimes:

duplo homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emboscada e recurso que dificultou a defesa da vítima) 

tentativa de homicídio contra Fernanda Chaves, assessora de Marielle que sobreviveu ao atentado e prestou depoimento

receptação do Cobalt prata, clonado, que foi usado no crime R$ 3,5 milhões em indenizações 

Além da prisão, Lessa e Élcio terão que pagar:

uma pensão, até os 24 anos, para o filho de Anderson, Arthur R$ 706 mil de indenização por dano moral para cada uma das vítimas Arthur, Ághata, Luyara, Mônica e Fernanda Chaves. 

As indenizações somam R$ 3.530.000 para os dois dividirem custas do processo e mantenho a prisão preventiva deles, negando o direito de recorrer em liberdade. 

Delação pode reduzir penas 

Apesar das penas, Lessa e Élcio devem sair bem antes da cadeia. Os dois assinaram um acordo de delação premiada, que levou ao avanço das investigações principalmente em relação aos mandantes.

No acordo, está previsto, entre outras coisas, que:

Élcio Queiroz ficará preso, no máximo, por 12 anos em regime fechado; Ronnie Lessa ficará preso por, no máximo, 18 anos em regime fechado e mais 2 anos em regime semiaberto.

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