PF
deflagra operação contra Gustavo Gayer por suspeita de desvio de
verba pública
Além
de falsidade ideológica e
falsificação de documentos,
os delitos em investigação
incluem associação criminosa
e peculato
Na
manhã da sexta-feira, 25/10,
a Polícia Federal deflagrou
uma operação para investigar
desvios de verba pública
envolvendo o deputado federal Gustavo
Gayer (PL-GO). A
operação, batizada de "Discalculia",
busca elucidar o uso indevido
de recursos da cota
parlamentar, que, segundo
Camila Bomfim, do g1, teriam
sido empregados para sustentar
empreendimentos privados. O
Supremo Tribunal Federal (STF)
autorizou 19 mandados de busca
e apreensão, cumpridos em
Brasília e em quatro cidades
goianas: Cidade Ocidental,
Valparaíso, Aparecida de
Goiânia e Goiânia.
As
investigações preliminares
da Polícia Federal apontam
que Gayer, junto a assessores,
teria se associado para criar
uma organização social com o
objetivo de desviar recursos.
Em uma das evidências
coletadas, a PF destaca a
descoberta de uma ata
falsificada nos documentos de
criação da entidade,
listando até mesmo crianças
entre um e nove anos como
membros do quadro social.
Além de falsidade ideológica
e falsificação de
documentos, os delitos em
investigação incluem
associação criminosa e
peculato.
A
operação também revela uma
suposta rede de corrupção
onde o uso da cota
parlamentar, destinada
exclusivamente a atividades
relacionadas ao exercício do
mandato, foi desviado para
benefício pessoal e privado.
A Polícia Federal segue
investigando o caso e ainda
não divulgou detalhes
completos sobre os envolvidos,
nem os valores que teriam sido
desviados através da entidade
criada pelo parlamentar e seus
assessores.
Gustavo
Gayer, que é deputado pelo
estado de Goiás e figura de
destaque em seu partido, o PL,
ainda não se manifestou
oficialmente sobre as
acusações.