| 
                               Ex-ministro
                              da Justiça e ex-secretário de Segurança
                              Pública do DF, que estava nos EUA, teve prisão
                              determinada após bolsonaristas terroristas
                              invadirem Congresso, STF e Palácio do Planalto 
                                
                              O
                              ex-ministro da Justiça e ex-secretário de
                              Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson
                              Torres foi preso na manhã do sábado, 14/1,
                              pela Polícia Federal. Após fim da audiência de
                              custódia, realizada no 4º Batalhão da PBMF,
                              Torres permaneceu detido no local. 
                              A
                              prisão ocorreu após ele desembarcar em
                              Brasília, vindo dos EUA. 
                              A
                              prisão de Torres foi determinada pelo ministro do
                              Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes
                              após os atos terroristas em Brasília, em 8 de
                              janeiro. 
                              Torres
                              era secretário de Segurança Pública do Distrito
                              Federal quando ocorreram a invasão e depredação
                              do Palácio do Planalto, do Congresso e do STF por
                              bolsonaristas radicais que defendem um golpe para
                              derrubar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 
                              A
                              suspeita é que Torres, em conjunto com setores da
                              Polícia Militar do DF e de militares, tenha
                              atuado para facilitar a ação dos terroristas
                              bolsonaristas. O ex-ministro nega (leia mais
                              abaixo). 
                              Ele
                              estava em Miami, nos Estados Unidos, e comprou
                              passagem usando apenas os dois primeiros nomes,
                              Anderson Gustavo. 
                              Um
                              vídeo obtido pelos produtores Luigi Sofio e
                              Patricia Marques mostra Torres embarcando no
                              aeroporto de Miami na sexta-feira, 13/1. 
                              A
                              prisão de Torres foi determinada na terça-feira,
                              10/1, por Moraes. A decisão foi depois confirmada
                              pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). 
                              Logo
                              após a decisão se tornar pública, Torres disse,
                              pelas redes sociais, que se entregaria. 
                              Torres
                              assumiu a Secretaria de Segurança Pública do
                              Distrito Federal depois de deixar o Ministério da
                              Justiça, com o fim do governo do ex-presidente
                              Jair Bolsonaro. 
                              Ele
                              foi nomeado por Ibaneis Rocha (MDB), governador do
                              DF que também foi afastado do cargo pela Justiça
                              após os atos terroristas de bolsonaristas em
                              Brasília. 
                              Torres
                              era o responsável pelo comando da segurança
                              pública do DF quando a depredação de 8 de
                              janeiro aconteceu. 
                              O
                              então comandante da PM do DF, coronel Fábio
                              Augusto Vieira, também teve a prisão decretada
                              por Moraes e já se entregou. 
                              Torres
                              nega conivência com terroristas  
                              Horas
                              após os atos terroristas em Brasília, na
                              madrugada do dia 9 de janeiro, Anderson Torres se
                              pronunciou pelas redes sociais, repudiou os
                              ataques e negou conivência com os vândalos
                              bolsonaristas. 
                              "Lamento
                              profundamente que sejam levantadas hipóteses
                              absurdas de qualquer tipo de conivência minha com
                              as barbáries que assistimos", escreveu. 
                              Na
                              oportunidade, ele chamou os atos antidemocráticos
                              de "execrável episódio". "Em um
                              caso de insanidade coletiva como esse, há que se
                              buscar soluções coerentes com a importância da
                              democracia brasileira", disse. 
                              Após
                              a decretação da prisão, Torres informou que
                              interromperia as férias nos EUA e voltaria ao
                              Brasil para se entregar à Justiça. 
                              "Hoje
                              (10/01), recebi notícia de que o Min Alexandre de
                              Moraes do STF determinou minha prisão e autorizou
                              busca em minha residência. Tomei a decisão de
                              interromper minhas férias e retornar ao Brasil.
                              Irei me apresentar à Justiça e cuidar da minha
                              defesa", afirma Torres. 
                              "Sempre
                              pautei minhas ações pela ética e pela
                              legalidade. Acredito na justiça brasileira e na
                              força das instituições. Estou certo de que a
                              verdade prevalecerá", declarou. 
                               
                            
  |