"Falso
Padre", CNBB diz que Padre Kelmon não é sacerdote da Igreja
Católica Apostólica Romana
Em
nota, entidade afirmou que o candidato do PTB à
Presidência da República não tem 'qualquer
vínculo' com os católicos 'sob o magistério do
Papa Francisco'
A Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou
uma nota na tarde da sexta-feira, 30/9, para
afirmar que Padre Kelmon, candidato do PTB
à Presidência da República, não pertence à
Igreja Católica Apostólica Romana. Durante o
debate da TV Globo na quinta-feira, 29/9, Kelmon
foi chamado de “padre de festa junina”
por Soraya Thronicke (União Brasil) e de “impostor”
por Lula (PT).
A
nota foi motivada pelos questionamentos que a
entidade vinha recebendo. A CNBB então decidiu
esclarecer, "em atenção aos fiéis",
se o candidato tem alguma ligação com a Igreja
Católica.
"O
senhor Kelmon Luís da Silva Souza, candidato que
se apresenta como “padre Kelmon”, não é
sacerdote da Igreja Católica Apostólica Romana,
sem qualquer vínculo com a Igreja sob o
magistério do Papa Francisco", diz a
nota.
A
CNBB acrescentou que padres da Igreja Católica
não são autorizados a concorrer a cargos
políticos ou a filiação partidária.
"Oportuno
ressaltar que, conforme vigência na Lei
Canônica, os padres da Igreja Católica, em pleno
exercício do ministério sacerdotal, não
disputam cargos políticos, nem se vinculam a
partidos", finaliza o comunicado.
Kelmon
se diz padre ortodoxo, mas nunca foi sacerdote das
igrejas da comunhão ortodoxa no Brasil, como
revelou a colunista do GLOBO Malu Gaspar.
O
baiano de 45 anos sempre aparece com batina, touca
e crucifixo. Especialistas explicam que as
vestimentas não são compatíveis com a figura de
um padre, de acordo com as convenções
religiosas.
Após
os questionamentos públicos, Kelmon declarou que
é ligado à autoproclamada Igreja Católica
Apostólica Ortodoxa del Peru. A instituição
religiosa foi fundada pelo peruano Angelo Ernesto
Morel Vidal , mas não possui qualquer ligação
com a comunhão ortodoxa.