Ela
passou 70 anos no trono, atravessou crises e
guerras e virou ícone pop

Mais
longeva monarca britânica da história, que
passou 70 anos no trono, atravessou crises e
guerras e virou ícone pop, a Rainha Elizabeth
II morreu na quinta-feira, 8/9, aos 96 anos,
no castelo de Balmoral, na Escócia. O anúncio
foi feito pelos canais oficiais da família real.
"A
rainha morreu pacificamente em Balmoral esta
tarde. O rei [Charles III] e a rainha consorte
[Camila] permanecerão em Balmoral esta noite e
retornarão a Londres amanhã", informou
a Casa Real britânica no Twitter.
Com
a morte de Elizabeth, seu filho mais velho, o
agora rei Charles, assume o trono do Reino Unido e
de outros 14 países que têm o monarca britânico
como chefe de Estado, como Austrália e Canadá.
Segundo os ritos oficiais, o sucessor no trono
tinha algumas opções na escolha do nome que iria
adotar, mas acabou seguindo o caminho tradicional
e manteve o título de rei Charles III.
Em
seu primeiro comunicado oficial como rei, Charles
III disse que "a morte da minha amada mãe,
Sua Majestade a Rainha, é um momento de grande
tristeza para mim e para todos os membros da minha
família".
Os
quatro filhos da rainha – Charles, Anne, Andrew
e Edward – foram até a Escócia quando foi
anunciado que a monarca estava sob supervisão
médica. Neto de Elizabeth II, o príncipe William
também foi até o castelo de Balmoral. Na tarde
desta quinta, veio a notícia da morte.
Elizabeth
II tornou-se rainha aos 25 anos de idade, em 1952,
após a morte do pai, o rei George VI, e foi
coroada no ano seguinte. Na época, o
primeiro-ministro era Winston Churchill. Ao longo
de seu reinado, ela conheceu 15 premiês.
Embora
fosse oficialmente chefe de Estado, a monarca teve
papel mais formal e cerimonial. Neutra em assuntos
políticos, ela testemunhou eventos históricos,
como a desintegração do império britânico, as
mudanças sociais do pós-guerra, a Guerra Fria e
o Brexit.
Em
1997, viu sua relação com os britânicos ser
abalada após a morte de Diana, ex-mulher de
Charles. Na ocasião, a rainha foi criticada por
sua reação vista como fria e distante.
Os
casamentos de William, em 2011, e de Harry, em
2018, serviram para modernizar a imagem da
família real, mas pouco depois veio um novo
baque: Andrew, considerado o filho favorito da
monarca, escandalizou o Reino Unido por causa de
sua amizade com o milionário americano Jeffrey
Esptein, acusado de exploração sexual de
menores.
Em
2020, houve uma nova polêmica, com a mudança de
Harry e da mulher, Meghan Markle, para os Estados
Unidos (no ano seguinte, o casal se desvincularia
profissionalmente da coroa britânica).
Viúva
do príncipe Philip, que morreu em abril de 2021
aos 99 anos, Elizabeth II deixa oito netos,
incluindo os príncipes William e Harry, e 12
bisnetos.



|