Deputado
foi preso em flagrante por ordem do STF porque
divulgou vídeo no qual defendeu o AI-5 e atacou
com ofensas ministros do tribunal
A
Câmara dos Deputados decidiu na sexta-feira (19/2)
manter na prisão o deputado Daniel Silveira
(PSL-RJ), preso por decisão do Supremo
Tribunal Federal (STF).
Foram
364 votos a favor da manutenção da prisão, 130
contra e 3 abstenções. Depois de anunciar o
resultado, o presidente da Câmara, Arthur Lira
(PP-AL), disse que a decisão vai mudar o
comportamento dos deputados.
O
placar superou em 107 votos o mínimo exigido para
a aprovação do parecer da relatora, deputada
Magda Mofatto (PP-GO), que recomendou manter preso
o parlamentar eram necessários pelo menos 257
votos (maioria absoluta; metade mais um) dos 513
deputados.
Um
dos principais defensores do presidente Jair
Bolsonaro na Câmara, Silveira foi preso em
flagrante na noite da terça-feira (16/2) no Rio
de Janeiro pela Polícia Federal após divulgar um
vídeo no qual fez apologia ao AI-5, instrumento
de repressão mais duro da ditadura militar, e
defendeu a destituição de ministros do STF
reivindicações inconstitucionais.
A
prisão determinada pelo ministro Alexandre de
Moraes, do STF, foi confirmada por unanimidade
pelo plenário do tribunal e mantida após
audiência de custódia.
A
Constituição prevê, no entanto, que a prisão
em flagrante de parlamentar deve ser submetida ao
plenário da Câmara para que decida se a mantém
ou não.
Em
2018, durante a campanha eleitoral, Daniel quebrou
uma placa em homenagem a ex-vereadora Marielle
Franco em uma rua do Rio, gerando revolta nas
redes sociais.
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