Cervejaria
é investigada em apuração sobre síndrome
desconhecida que matou uma pessoa em Minas

O
Ministério da Agricultura Pecuária e
Abastecimento (Mapa) interditou na tarde da
sexta-feira (10.01) a fábrica da cervejaria Backer
no bairro Olhos D’água, na Região Oeste de
Belo Horizonte. Técnicos do ministério foram ao
local e decidiram periciar todos os lotes de
cerveja da fábrica.
A
Polícia Civil investiga se o consumo da cerveja
Belorizontina, da Backer, tem relação com a
síndrome desconhecida - chamada pelas autoridades
de síndrome nefro neural - que atingiu até o
momento 10 pessoas em Minas Gerais. Uma delas
morreu.
O
Mapa afirmou que apreendeu 16 mil litros de
cerveja e que faz analises laboratoriais em
amostras.
Nesta
quinta-feira (9), um laudo da Polícia Civil
identificou a substância tóxica dietilenoglicol
em amostras do lote 1348 da Belorizontina, das
linhas de produção L1 e L2. Ela é usada em
serpentinas no processo de refrigeração de
cervejas.
Segundo
a corporação, exames de sangue de três
pacientes identificaram o dietilenoglicol.
Durante
coletiva nesta tarde, a diretora de marketing da
Backer, Paula Lebbos, afirmou que a cervejaria
ainda não havia sido notificada da interdição.
Ela chegou a dizer que a produção seria
paralisada neste sábado (11) para testes com
fornecedores. O advogado da empresa afirmou que
após notificação vai recorrer da interdição.
Em
nota, a Backer afirmou que não utiliza o
dietilenoglicol em sua fábrica no processo de
fabricação de qualquer bebida, inclusive a Belorizontina.
A empresa disse ainda que que vai trocar ou
devolver o dinheiro ao consumidor que tiver a
Belorizontina de qualquer lote.
Notificação
do Ministério da Justiça
O
Ministério da Justiça notificou a Backer nesta
sexta-feira (10) sobre a possível contaminação
da cerveja Belorizontina. A empresa tem dois dias
para apresentar campanha de recall, ou
"comprovações de que o produto não está
ligado ao fato" e também informar em quais
estados da federação os lotes foram
comercializados.

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