Nenhuma
outra banda poderia dar números finais à sétima
edição brasileira do Rock in Rio de forma
tão brilhante quanto o Red Hot Chilli Peppers.
O show dos norte-americanos incendiou a Cidade do
Rock na madrugada da segunda-feira, 25, que, mais
uma vez, teve lotação máxima. Can't Stop
deu início aos trabalhos. Na sequência, ainda
veio Snow. A dobradinha mostrou o ímpeto
dos quarentões Anthony Kiedis, Flea,
Chad Smith e Josh Klinghofer. Está
foi a terceira apresentação da banda em um Rock
in Rio. Além de 2017, eles também se
apresentaram por aqui em 2001 e 2011.
O
som do Red Hot simboliza o que de melhor passou
pelos palcos nesta edição do festival. Kiedis
mostrou que ainda segura muito bem a onda ao vivo.
Com seu tradicional boné preto, ensaiou algumas
piruetas desconcertantes pelo ar sem a maior
preocupação. Flea, ensandecido como de costume,
lançou linhas de baixo enfurecidas. Chad, na
cozinha da banda, disparou batidas frenéticas e
mordazes. O groove do Red Hot é único. Tal
característica tão peculiar os torna imbatíveis
até mesmo na versão de I Wanna Be Your Dog,
clássico dos The Stooges.
O
set do grupo foi bem jovem. Poucas coisas de
discos mais pegados, como o aniversariante Blood
Sugar Sex Magik (1991) e One Hot Minute (1995). As
musicas de Californication (1999) e By The Way
(2002) foram as favoritas do quarteto. Na balada
Under The Bridge, emoção e lágrimas. O mesmo se
repetiu em By The Way. Give It Away deu números
finais à performance altamente explosiva de um
Red Hot que soube moldar seu som sem perder o DNA.
O
verdadeiro templo do rock! Assim pode ser
classificado este penúltimo dia do Rock in Rio.
Com shows estrondosos, The Who e Guns N'
Roses fizeram apresentações recheadas de clássicos.
Quem abriu os trabalhos no Palco Mundo,
entretanto, foi a banda brasileira Titãs.
Com um rock moderno e bem arejado, o Incubus
também teve uma performance segura. No Palco
Sunset, o destaque ficou por conta do Cidade
Negra & Maestro Spok & DigitalDubs.
Juntos, eles fizeram uma bela homenagem a Gilberto
Gil. O cantor norte-americano Ceelo Green
também fez uma performance cheia de energia com
seus sucessos cheios de força.
O
Palco Sunset apresentou o grupo percussivo Quabales,
projeto social baiano que forma jovens músicos e
teve como convidados um alicerce do axé e do
samba reggae, Margareth Menezes, e o
vocalista do NX Zero, Di Ferrero. A
presença dele, inusitada e não anunciada, foi
muito aplaudida pelos roqueiros jovens da platéia.
Num dia em
que o Rock in Rio teve que ser questionado
se alteraria algo da programação por conta da
violência no Rio de Janeiro, o festival renovou
uma vocação clara: misturar ritmos brasileiros
estimulantes (de Ney Matogrosso, Nação
Zumbi, Alceu Valença, Elba Ramalho
e Baiana System) com rock and roll farofa e
donos de mega sucessos (Bon Jovi, Tears
for Fears).
Quem foi ao Rock
in Rio na quinta-feira, 21, se deparou com um
público completamente diferente do da semana
passada na Cidade do Rock. Os looks mais justos e
coloridos deram lugar às camisetas pretas e com
estampas clássicas de bandas como Aerosmith,
Def Leppard e Fall Out Boy,
principais atrações do dia. O pop dançante de
Justin Timberlake e Maroon 5, que ditou as regras
do jogo na primeira parte do festival, foi
substituído por vocais de agudos estridentes e
riffs pesadíssimos. O rock, portanto, voltou a
ganhar força e foi muito bem representado por
Alice Cooper, The Kills e a banda brasileira
Scalene.
Como era
esperado, o Aerosmith fez uma grande
apresentação. Na primeira parte do show, o grupo
de Steven Tyler enfileirou um hit atrás do outro,
estabelecendo uma conexão por meio da memória
afetiva. Let The Music Do The Talking abriu os
trabalhos, com destaque para a performance do
guitarrista Joe Perry. Na sequência ainda vieram
Love In An Elevator e Cryin’.
O dia,
entretanto, não começou muito bem para os
jornalistas que foram até a Cidade do Rock. A
sala de imprensa ficou fechada das 13h às 16h30
para a realização de uma manutenção. Segundo
informações da organização do evento, o local
passou por uma vistoria. A assessoria de imprensa
do Rock in Rio não deu mais detalhes sobre o
problema ocorrido. Do lado de fora, fotógrafos,
cinegrafistas e repórteres reclamavam da falta de
estrutura e da dificuldade para iniciar os
trabalhos. Muitos, inclusive, não foram
informados sobre o que estava acontecendo. Parte
da imprensa foi levada para a área VIP do
festival enquanto tudo era resolvido.
E esse não
foi o único problema registrado. A
montanha-russa, uma das atrações mais procuradas
pelo público, apresentou problemas no ínicio da
noite. Quatro pessoas foram retiradas do brinquedo
por meio de um guindaste. Não houve feridos.
Segundo a assessoria, uma falha em um dos
carrinhos gerou toda a confusão. Até o
fechamento desta edição, a montanha-russa
passava por testes de manutenção para voltar a
funcionar na Cidade do Rock.
Alicia
Keys faz o maior protesto político do
festival. Uma
indígena chamada Sônia Guajajara falou
com contundência contra a venda de regiões
amazônicas.Walk
the Moon é o exemplo de que, às vezes, o
festival chuta bem longe do gol. Banda
norte-americana se apresentou no palco principal,
antes de Alicia Keys e Justin Timberlake. Nile
Rodgers faz um passeio pela sua vida e
conquista todo mundo. Não que ele precisasse, mas
um dos músicos mais importantes da música pop
global fez show impecável no Palco Sunset.
Apanhado de hits de Frejat conquista o público na
Cidade do Rock. Com homenagens a Luiz Melodia,
Cássia Eller e Cazuza, ex-Barão
Vermelho fez show cirúrgico e eficiente. Rock
in Rio tem anoitecer jazzístico com Maria
Rita e Melody Gardot. Repertório foi
calcado em standards do jazz gravados por Ella
Fitzgerald, de Cole Porter, Gershwin
e também de Tom Jobim; problemas no
microfone atrapalharam a apresentação. Justin
Timberlake Justin Timberlake encerra a terceira
noite do Rock in Rio com show pop e dançante
Brinquedos
radicais ainda são destaque da Cidade do Rock.
Apesar
do agendamento ter funcionado nos três primeiros
dias, filas quilométricas foram registradas no
evento. Johnny Hooker, Liniker e Almério
fazem show mais político do festival. Cantor
do Recife, na companhia de Liniker e
Almério, não esqueceu de também cantar o amor. Fãs
relatam problemas na saída da Cidade do Rock. Esquema
do BRT funciona, mas caminho para chegar na
estação e nos portões do Parque Olímpico são
um problema. Palco
Sunset tem uma promessa para competir com Palco
Mundo. A
expectativa é de que show de Ney Matogrosso
com Nação Zumbi seja um dos maiores
momentos do evento.
E o segundo
dia da 7ª edição do Rock in Rio bombou
na Cidade do Rock! A noite de sábado (16) foi
marcada por apresentações de Fergie (que
dividiu o palco com Pabllo Vittar), Shawn
Mendes e Maroon 5 (em uma dobradinha
após a apresentação que substituiu Lady Gaga na
noite anterior) e Skank no Palco Mundo. Já
na área VIP, famosos como Bruna Marquezine,
Juliana Paes e Isis Valverde
roubaram a cena. Separamos algumas curiosidades do
que rolou nos bastidores do maior festival de
música do Brasil!.
Pabllo
Vittar roubou a cena ao subir ao palco
com Fergie, no segundo dia de Rock in
Rio. Na web, claro, internautas ficaram eufóricos,
fazendo diversos posts sobre a parceria das duas
no festival. De body com direito a penas que
trazia as cores do Brasil, Pabllo rebolou muito e
ainda cantou Sua Cara, hit que lançou
recentemente com Anitta e Major
Lazer.
Quem deixou
para o último minuto a retirada de pulseiras do
Rock in Rio, que servem de ingresso, está
enfrentando fila sob sol bem forte. O atendimento
é feito perto da entrada do festival.
O público
que já entrou se protege com chapéus e busca as
poucas áreas de sombra disponíveis. A produção
informou que liberou as pessoas para trazer filtro
solar, que vinha sendo barrado por seguranças
quando da abertura dos portões, às 14h15.
Pabllo
Vittar caminhou, segurou no microfone e, mesmo
sem precisar dizer nada, fez muito.
"Vem
cá, Rock in Rio, deixa eu te mostrar o que é
lacre". Esse foi o recado da cantora, sem
precisar dizer exatamente essas palavras.
Ali, diante
de uma massa que não havia ainda sido vista no
Rock in Rio 2017, essa figura de cabelos longos,
platinados e lisos surgiu. Pabllo Vittar, senhoras
e senhores, é um furacão. É a ebulição do pop
nacional que vive a sua melhor fase, puxado pelo
sucesso estrondoso de Anitta.
A carioca
aliás foi pedida pelo público do Rock in Rio
depois da desistência de Lady Gaga, a headliner
da primeira noite de festival. A organização
ocupou a vaga da norte-americana com o Maroon 5,
banda que já se apresentará no horário mais
nobre do RIR no sábado, 16.
Ficaram os
pedidos por Anitta. Ganhou-se, quase que de
surpresa, a cantora Pabllo Vittar, com quem Anitta
lançou, recentemente, a música Na Sua Cara.
Música, essa, cantada de forma tão alta pelo
público que mal se conseguia ouvir a voz dela ao
microfone.
Fundindo
dance pop com funk, Pabllo é o convite ao
remelexo. São requebrados até o chão, dela e do
público, como quando cantou "Minaj".